Link do Curta-metragem Primavera
O Cinema se veste de luzes, pinturas e mágicas, que tornam a vida boa. A plantação que nos possibilita viver; Ponha as mãos e os pés na terra. As rebeliões de canudos (BA), Contestados (SC), Jagunços (AL), e a luta pela reforma agrária (Curta de 16 mm, 1994). O filme participou do V Festival Internacional de Curtas Metragens - SP.
Santos - 3/6/2023.
Exibição dos Curtas: Monte Serrat, O Poeta do Mar - Vicente de Carvalho - 2023.
Poemas de Cecília Meirelles: Entusiasmo; Exercício com Rosa; consciência de que ninguém é feliz sozinho; De que a natureza é tudo na vida humana; O amor é para ser cantado aos quatro cantos, todas as manhãs é possível ser feliz e sentir-se novo, as paisagens se renovam, as plantas estão crescidas e mudadas, se as percebemos. As flores amanhecem úmidas e mais coloridas, as pessoas saem de suas casas e sorriem distraidamente; Todas as manhãs as pessoas têm fome, mas nem todos têm o que comer, a música distende as tensões e a violência rígida, que o ser humano assimilou de emoções sombrias.
Apresentação da sessão: Madeleine Alves, e Raquel Pellegrini(Secretária adjunta de Cultura). Realizadores de Curtas-metragens da Baixada Santistacompletaram a programação com mais 4 produções locais.
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A arte não marca dia para te conquistar, nem lugar! No caso da artista Izulina Xavier, na época 82 anos, veio por conta de uma promessa para São Francisco: se não perdesse a casa onde morava com o marido e os filhos, colocaria uma escultura do santo na entrada da sua casa. Salve São Francisco! A casa está aí, a escultura está no seu jardim. Por não ter tido dinheiro para pagar algum escultor, aprendeu e fez ela mesma a sua primeira obra. Estava paga a promessa. Estava se revelando uma grande artista.E o cinema tem muita força, fomos para Corumbá filmar a luz desta mulher. Iluminada, a bem da verdade! Podíamos ir de carro, mas é longe, antes do Rio de Janeiro. As companhias aéreas eram parceiras da cultura. E se formos de carro teremos de voltar de carro, viajamos de avião. Embarcamos.O trabalho da d. Izulina, já pode ser visto mesmo antes de se aterrissar no Pantanal. A grandeza da imagem do Cristo Redentor, no alto do morro do Cruzeiro pode ser vista do céu. Chama-se Cristo Rei do Pantanal.
Na subida do morro, agora sim de carro, vemos outras esculturas que formam as 14 estações da Via Sacra. O caminho do Calvário. A saga de Jesus até a cruz e depois, imensa, a imagem do Cristo de braços abertos.
O grande ponto de atração está na casa dela, Izulina Xavier. Faz dela um museu, junto com a sua oficina, um espaço ao ar livre repleto de obras e de cultura. Ali cria incessantemente, produzindo peças de encomenda e obras de pura entrega, a arte.
E onde está a família desta mulher, que não para de trabalhar? Sempre haverá uma. Perdeu o marido e o neto no mesmo acidente, durante uma enchente e, recentemente, perdeu um filho, Francisco, aos 57 anos.
Mas estamos diante de uma mulher forte e determinada. Natural de Simões, Piauí e radicada em Corumbá, por escolha própria. Condecorada como Cidadã Corumbaense, Izulina conhece a história deste Estado. Em forma de fotograma, escrito e pintado, em relevo, nas paredes do “Museu a Céu Aberto”, desde a origem de Mato Grosso, passando pela Guerra do Paraguai, pela fundação de Corumbá até a criação do Mato Grosso do Sul, em 1974.
Nascida em Simões, no Piauí, em 18 de abril de 1925, Izulina Xavier recebeu o título de cidadã sul-mato-grossense, depois de cidadã corumbaense, Doutora Honoris Causa pela UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), recebeu a medalha do Mérito Tamandaré, dentre outras condecorações. Escreveu seis romances, o mais recente “Amor de Fronteira”, virou peça de teatro, foi enredo de escola de samba Império do Morro, e tema do livro “Esculturas no Ar” de Maria Eugenia Amaral (editora Instituto Histórico e Geográfico do Mato Grosso do Sul).Equipe técnica: Produção e participação: Viviane Fuentes. imagens digitais: Ricardo Carvalho, Francisco de Paula. Músicas: Wait for Me (Moby), Isolate (Moby), Zapateando em Curuzu (Marcelo Loureiro). Montagem: Cris Salara. Edição de Som: Ney Fernandes.
Mostra a dimensão do abandono, a falta de educação da sociedade, e das políticas públicas. Que deveriam ensinar as meninas a evitar a gravidez na adolescência, gerando o desmantelo das famílias, dos valores éticos e morais, crianças sem escolas e sem futuro. A exibição do filme visa à troca de aprendizagem, proporcionando debates construtivos. Aos treze anos de idade, cursando o ginásio, Glauber Rocha num certo trecho de sua fala afirmou: “Colegas, parar agora seria fatal. Agora que tomamos o primeiro impulso, mais do que nunca precisamos mergulhar nos mistérios dos livros, o mais valioso de todos os tesouros, o que o futuro carinhosamente guarda para todos nós, o tesouro da sabedoria”.
O filme tem um ritmo, o jeito que mostra algumas realidades, mostrando o dia-a-dia dos muitos que vão e voltam incansavelmente, dos vários cantos da cidade. Tem razão, quando fala que só o Amor Constrói, que ele é para ser cantado. E o caminho do trem? Trilhando o caminho, sabendo para onde está indo. O contraste entre a poesia, a música, a dança com delicadeza, o aglomerado de pessoas, a correria, a luta pela sobrevivência, e o lixo. A beleza da natureza, as diferenças culturais e o protesto na apoteose!
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